Num puta boteco pros rumos do Verdão,
O tempo está parado num relógio sem pilhas
E a vida, ferrugem do balcão, está no fim
Aos poucos sendo vencida.
Os velhos não se olham mais nos olhos
E nas paredes, mulheres desbotadas com garrafas de Catuaba Guaracy
Fazem as moças de sexo ágil lá de fora
Perderem o sentido.
A alma do bar está acesa numa lata de sardinha com querosene
E o coração dos homens lá dentro,
Vai sem muita pressa.
Rodrigo M. Leite
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