26 de abr. de 2012

Centro Norte - Rodrigo M. Leite

Num puta boteco pros rumos do Verdão,
O tempo está parado num relógio sem pilhas
E a vida, ferrugem do balcão, está no fim
Aos poucos sendo vencida.

Os velhos não se olham mais nos olhos
E nas paredes, mulheres desbotadas com garrafas de Catuaba Guaracy
Fazem as moças de sexo ágil lá de fora
Perderem o sentido.

A alma do bar está acesa numa lata de sardinha com querosene
E o coração dos homens lá dentro, 
Vai sem muita pressa.


Rodrigo M. Leite
Mais do poeta em: http://rodrigoemeleite.tumblr.com/